Qual foi o tamanho dos ciberataques em 2017?
Em estudo divulgado pela Symantec, mais de 60 milhões de brasileiros foram afetados por crimes digitais no ano passado
Falar que 2017 foi o ano dos ransonwares já é quase que um clichê, mas fora esses ataques em massa que afetaram diversas pessoas e empresas, qual foi o peso dos ciberataques no ano passado?
Pensando nisso, no mês passado a Symantec divulgou a nova edição da sua pesquisa que levanta questões sobre quem foram as vítimas e quais as percepções delas com esse tipo de crime, o 2017 Norton Cyber Security Insights Report.
Quase 1 bilhão de vítimas!
A pesquisa foi realizada em 20 países, onde mais de 21 mil pessoas foram ouvidas e descobriu-se que 978 milhões de usuários foram afetados por crimes digitais, sendo que desse total 62,2 milhões são brasileiros. O que representa que 44% dos entrevistados tiveram algum contato com um ciberataque nos últimos 12 meses e 53% ou foram vítimas ou conhecem alguém que tenha sido.
Mas só o fato de ter sofrido algum tipo de ataque não foi a única consequência dessas vítimas. Ao todo, essas pessoas tiveram um prejuízo de US$ 172 bilhões (US$ 22,5 bilhões só no Brasil) e perderam em média 24 horas, ou três dias inteiros de trabalho, para lidarem com os problemas pós-ataques.
Os ciberataques mais comuns de 2017
Os crimes mais comuns apontados por aqueles que foram vítimas ou que conhecem alguém que tenha sido foram:
Dispositivos infectados por vírus ou prejudicados por outras ameaças (53%);
Fraudes em cartões de débito e crédito (38%);
Vazamento de senhas (34%);
Acesso indevido de e-mails pessoais ou perfis de redes sociais (34%);
Compras online fraudulentas (33%);
Abertura de e-mails falsos, que resultam no compartilhamento de dados pessoais (32%)
Até onde vai o cibercrime?
A pesquisa ainda procurou entender como as pessoas veem os cibercrimes e 81% dos entrevistados acham que eles deveriam ser tratados como atos criminosos. Entretanto, 43% assumiram que certos comportamentos moralmente questionáveis podem ser aceitos em algumas situações. Como:
Quase 30% afirmaram que já leram e-mails de outras pessoas sem seu consentimento;
Mais de 20% acreditam que é aceitável usar um e-mail falso ou de outra pessoa, dependendo da circunstância;
E 15% acham que acessar a conta bancária de terceiros, sem que esses saibam, pode ser aceitável em certos casos.
Comportamentos que preocupam
Ainda foi apontado alguns hábitos dos entrevistados que os colocam em posições de segurança vulnerável. Por exemplo:
20% das vítimas de cibercrimes no ano passado usam uma única senha para todas as suas contas digitais;
Quase 60% já compartilharam, pelo menos, um dispositivo móvel ou dados de conta com outras pessoas.
Fonte: Symantec, Nexo