Governo prioriza proteção da infra-estrutura crítica
Uma matéria publicada na Folha de São Paulo, sobre o impacto dos movimentos sociais no Brasil, especificamente o MST e similares, informa que o GSI (Gabinete de Segurança Institucional) fará um mapeamento da infra-estrutura crítica do país de forma a minimizar possíveis impactos a essas instalações.
Internacionalmente, essas ações costumam receber o nome de proteção à infra-estrutura crítica. Normalmente, estão incluídas nessas atividades o mapeamento de instalações, serviços ou processos tidos como críticos, cujo impacto em seu funcionamento pode trazer sérios problemas econômicos, sociais, políticos, diplomáticos ou de segurança nacional.
No próximo mês de maio será o aniversário de dez anos do início deste tipo de iniciativa nos EUA, onde o programa se encontra em um estágio bem mais maduro que o brasileiro. O programa norte-americano foi posteriormente expandido por um decreto do presidente George W. Bush, em uma das muitas respostas aos atentados sofridos pelas torres gêmeas. Maiores informações estão disponíveis no Wikipedia.
O GSI está vinculado diretamente à Presidência da República, e possui status de ministério. O ministro-chefe é o Gen. Jorge Armando Felix, cujo compromisso e apoio às iniciativas de Segurança da Informação no Brasil são notórias. Sob o comando do GSI encontram-se a ABIN (responsável pelo PNPC - Programa Nacional de Proteção ao Conhecimento) e a Secretaria-Executiva da Câmara de Relações Exteriores e Defesa Nacional, que trabalha em parceria com o CGSI (Comitê Gestor de Segurança da Informação). O CGSI é um comitê multidisciplinar que assessora a Secretaria-Executiva, sendo que sua iniciativa mais conhecida é a publicação da Política de Segurança da Informação para a Administração Pública Federal, feita em 2000, através do Decreto 3.505
Acabei por fazer um resumo das principais iniciativas de SI na esfera do Governo Federal. Todas elas estão alinhadas com a visão, que para mim é cada vez mais marcante, que o Brasil precisa se profissionalizar em vários aspectos, uma vez que estamos saindo da posição de "capital mundial da simpatia" (nome de uma matéria da Exame desta semana) para um país que tem cada vez mais destaque no cenário internacional (e incomoda cada vez mais).